O Kumon
ANNAKA (1999) disse sobre Takeshi Kumon:
“Conforme via um tipo de pessoa como Takeshi, talvez estivesse formando a imagem do tipo de indivíduo que o Kumon visa desenvolver. O Método Kumon visa cultivar uma pessoa com as habilidades básicas de leitura, escrita e cálculo, as quais são essenciais na vida. Ao mesmo tempo que faz esta pessoa ter uma autoconfiança de que pode realizar algo se esforçar-se nisto, e um espírito de enfrentar desafios.
É uma metodologia cujo objetivo é incentivar nas pessoas a autonomia nos estudos. Para isso, busca fortalecer o potencial de aprendizado do estudante. Os alunos desenvolvem suas próprias habilidades de aprendizagem através da leitura, pensando e resolvendo o material por conta própria e fazendo suas progressões, enfrentando sozinho o desafio da conquista do conhecimento.
Ou seja, a pessoa já possui habilidades básicas para se desenvolver ou aprimorar suas habilidades.
Porém, se pararmos para pensar e analisar, que uma pessoa que tenha grandes dificuldades na aprendizagem, possa estar relacionada à algum transtorno como o Espectro Autista, Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Deficiência Intelectual, Dislexia e Disortografia (dificuldade na leitura e escrita – alfabetização), Discalculia (dificuldade com a matemática), Disgrafia (letra ilegível), entre outros, é importante destacar que essa criança, possivelmente não irá conseguir desenvolver sozinha as habilidades que precisa para tal desenvolvimento e aprendizado, sendo necessário um acompanhamento diferenciado deste tipo de abordagem realizada pelo Kumon.
Por exemplo, realizar uma avaliação, onde é possível encontrar o motivo e detectar qual é a real causa que impede essa criança de progredir nos estudos e se desenvolver, e é aí que entra a psicopedagogia clínica.
A psicopedagogia clínica, realiza uma avaliação com as possibilidades diagnósticas de tais dificuldades e posteriormente as intervenções com um trabalho tanto preventivo como terapêutico, individualizado e personalizado envolvendo as áreas da psicologia e pedagogia. Atuando como um mediador, considerando as preferencias da criança, significando uma atitude e um comportamento que se coloca como um facilitador, incentivador ou motivador da aprendizagem, que ativamente colabora para que o aprendiz chegue aos seus objetivos.
Preparando e treinando as etapas de maneira explícita, ou seja, não basta apenas significar e apresentar os conceitos, mas muito mais. É preciso inserir os pequenos nesse processo e estimular uma participação ativa com interações e respostas.
As intervenções são lúdicas e didáticas. Através dos jogos, músicas e brincadeiras a criança aprende e se desenvolve, potencializando habilidades que precisam de estímulos como a memória, atenção e concentração, hiperatividade, percepção visual, percepção auditiva, raciocínio, coordenação motora, socialização, entre outras que irão auxiliar no processo da alfabetização, escrita, matemática, autonomia, desenvolvimento e motivação para aprender.
Referências
ANNAKA, Yasuo. Missão duma Vida. Trad. Kumon Instituto de Educação. 1999
BRITES, Luciana. Consciência fonológica: manual teórico e prático. Arapongas: Neurosaber, 2019.